Interessante publicação do jornal O Povo na qual fiz parte esse mês!
Só hj tomei conhecimento dessa matéria, parabenizo Kamila Fernandes por abordar um tema tão importante e tão necessário para a reflexão e incentivo dos jovens à participação política. É preciso estar convencido para convercer e multiplicar os líderes do amanhã. Eu, que sou fruto da formação política do PSDB fortaleço com orgulho, a honra de ter tido a oportunidade de participar de tantos ricos momentos de aprendizagens. De laboratórios segui para a prática e hoje agradeço aos meus líderes pelos bons exemplos de continuar acreditando que os líderes tucanos do futuro darão segmento a boa prática política, a política do bem, a política da verdade, da ética, da coerência e do respeito!
Para nós, o futuro começa agora e se chama Juventude!
Formar novos líderes não é fácil. E isso não é exclusividade dos partidos mais conservadores, tidos como ``de direita``, geralmente menos atrativos para a juventude. Até na ``esquerda`` é forte a percepção de que são raros os jovens que demonstram algum interesse em entrar na vida pública. Ainda assim, os principais partidos políticos de Fortaleza buscam alternativas para crescer e consolidar, daqui alguns anos, líderes que venham preencher espaços hoje ocupados por nomes como Tasso Jereissati (PSDB), Ciro e Cid Gomes (PSB) e Luizianne Lins (PT).
``Quando a gente fala com os jovens sobre o ingresso na política, já ouve logo um -vixe, eu detesto política-``, disse Kamyla Castro, da Juventude do PSDB. ``Mesmo na universidade, a maioria se preocupa só com a carreira, não há a vivência da universidade e do movimento estudantil que havia há algum tempo``, completa Isabel Cavalcante, da Juventude do Psol.
No PSB, partido que detém o poder no Ceará, Aírton Mendonça, presidente da Juventude do partido em Fortaleza, não percebe tantas dificuldades de renovação. ``Buscamos renovar com qualidade, mantendo a questão ideológica, e não para inchar o partido``, disse. O que não diminui a necessidade de, ao se pensar a formação de novos líderes, que isso aconteça na perspectiva de ``fazer diferente``.
``Não queremos errar nas mesmas coisas. Com certeza, no futuro, não será mais tolerada uma política conservadora, nem autoritária``, disse Mendonça.
Mas, a partir de um olhar de hoje, quem poderia ocupar os espaços que logo serão deixados por Luizianne, Cid, Tasso na vida pública? No PSDB, Kamyla aposta no deputado estadual Marcos Cals. ``Ele dá bastante exemplo para os jovens, é um cara respeitado, mas também muito simples, que rompe com velhos mitos por ser uma pessoa comum, acessível.``
No PSB, Mendonça acredita nos hoje desconhecidos, como ele mesmo e o presidente da Juventude do PSB estadual, Rafael Norões. ``Vamos começar a apresentar nossos nomes nas disputas e, quem sabe, consigamos o aval da população``. O partido conta ainda com personalidades bem conhecidas e com uma potencial vida política ainda longa, como o próprio Cid e seu irmão mais novo, Ivo Gomes.
No PT, as apostas passam por Waldemir Catanho, braço direito de Luizianne Lins, apesar de ainda ser desconhecido da população de um modo geral - o que poderá começar a mudar este ano, caso ele seja indicado a vice do governador Cid Gomes, como cogitam alguns petistas -, o vereador Guilherme Sampaio, e o ex-secretário do Desenvolvimento Agrário, Camilo Santana.
Em comum, todos têm um perfil parecido: a certa discrição, que os opõe diametralmente a personalidades fortes como as de Tasso e Ciro, por exemplo. ``Acho que uma experiência deixada pelo presidente Lula, apesar de todos os contras, é que ele não é tão grandioso, tão inabalável. Ele é como qualquer um de nós, comete falhas ao falar, é simples, o que abre espaço para um envolvimento maior com a sociedade``, disse Kamyla. ``Acredito que esse deva ser o perfil das futuras lideranças``.