segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

A Construção do Futuro

Zé Aníbal fala a real realidade sobre a mudança necessária do nosso PSDB. Quando eu estava como Presidente Nacional da JPSDB conversei horas e horas com ele sobre esses mesmos rumos... Infelizmente, muitos concordaram conosco, mas poucos colocaram o dicurso em prática. Agora vejo que o debate tá mais maduro entre nossos aliados e que os conselhos do Zé são mais necessários do que nunca...

O papel histórico do PSDB na sociedade brasileira é o de qualificar o debate político, e não o contrário. Quando ouço cobranças por uma nova agenda para o Brasil, concordo com os que defendem uma revitalização do PSDB – desde que isto signifique um mergulho em nós mesmos, na mais exata aproximação com a ideia que construiu este partido.

Foi pela capacidade de pensar o país que chegamos, enquanto partido, tão jovens ao poder. O PSDB tinha apenas seis anos em 1994 e, no entanto, aquele seu programa está aí, consensual, defendido por nossos adversários.

É hora de deixar de lado a grita de nossos continuadores e pensar o futuro. Ninguém mais fala em crescer com um pouquinho de inflação. O governo atual faz ajuste fiscal. O BC é independente. O sistema financeiro é sólido. O país cresce. Os brasileiros vivem bem melhor hoje do que há 20 anos. Nós vencemos.

O Brasil é a Nação mais dinâmica do mundo. É hora de tirar proveito das vantagens comparativas, de nossa formação cultural. É hora de mudar o patamar de nossas aspirações.

A luta agora é para fazer um país mais promissor na qualidade dos serviços públicos. Forçar o Estado a ser eficiente, e fazê-lo indenizar as vítimas do analfabetismo. Se não for capaz de derrotá-lo – uma Lei de Responsabilidade Social que obrigue o Estado a arcar com a sua ineficácia. Ele é caro demais para ser ruim.

É preciso ter metas sérias – como dobrar as vagas para engenharia e biologia. É obrigatório aumentar a oferta de eletricidade limpando a matriz energética. Somos destinados a vender ao mundo soluções em sustentabilidade.

Já passou da hora de fazer valer nossas cláusulas pétreas, como a construção da paz e o fortalecimento da democracia. E abandonar este devaneio do protagonismo na cena internacional: uma associação com regimes autoritários e cleptocratas como forma de abrir mercados. Uma Política Externa digna da hiena.

O Estado deve democratizar a informação ao povo, e não democratizar seu acesso à propaganda. Deve achar soluções legais para privilégios, e enfrentá-los. Valorizar a competência, fazendo dos servidores a fortuna do Estado, e não o contrário. Eles farão a próxima revolução brasileira.

É preciso acabar com a miséria, e já nos prepararmos para o fim da ignorância. Colocar a assistência social para ser planejada pelos usuários, sobretudo as mães. E criar um plano nacional de urbanização de favelas.

Direitos civis que protejam escolhas privadas, metas de eficiência e penalidades para o transporte público de baixa qualidade, criar uma justiça exemplar: é preciso botar tudo no papel.

Sem esquecer, claro, de enfrentar os gargalos políticos, que dão sobrevida a hábitos que não servem mais. Precisamos de governos eficazes, e não dos eficazes em simpatia e alienação.

Em suma, ao PSDB é hora de elaborar os consensos dos próximos 20 anos. Uma agenda para o futuro, de uso geral, como a anterior. Por isso, a união do partido é inevitável.

Propus à bancada tucana na Câmara uma Conferência do PSDB para maio, a ser conduzida por Fernando Henrique. Ouvi de diversos companheiros a mesma resposta: já não era sem tempo.
Aos líderes, militantes e amigos, é hora de dar voz à inquietação de todos. E também de trazer novos talentos e competências, apartidários ou de outras siglas, e ouvi-los – sobretudo a juventude. Ao PSDB, é hora de manter a nossa média: estar pelo menos 10 anos à frente deles.

José Aníbal é economista, deputado federal e ex-presidente nacional do PSDB. Atualmente, é Secretário de Energia do estado de São Paulo

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Líderes: queremos admirar vocês

Adoreiiiiii essa recente reportagem da Voce S/A. Fala tudo que penso sobre admiração de líderes! Fantástica!!!

Muito se fala sobre liderança. Muito se especula sobre liderança. No fundo queremos alguém para admirar e se espelhar. Ao menos eu sou assim. Não consigo ser liderado por alguém que eu não admire. Preciso, ao me sentar para uma conversa por exemplo, sentir que aquela pessoa tem algo para compartilhar comigo. Quero ouvir as experiências daquela pessoa.

Antes de continuar, uma foto:




Chico Buarque já contou em várias entrevistas a admiração que sentia por Tom Jobim. Essa foto deixa isso claro. Ele olha como quem vê alguém a quem os passos devem ser seguidos. Alguém para aprender, para compartilhar.

Para mim fica cada vez mais claro que só consigo ser liderado quando admiro o líder. Sem admiração, apenas cumpro a função. Faço por fazer. Não há vontade. Não há tesão (desculpem pela palavra, mas ela diz tudo). Se há admiração é outro papo. Faço com vontade. Sento para conversar e passaria horas ali. Não sinto o clima de competição. Em resumo: faço com prazer.

É claro que existe um grande problema. Quando o líder que admiramos desliza (faz algo em desacordo com os nossos valores), ele perde (um pouco) o poder de liderar. Assim como queremos trabalhar em empresas éticas, queremos líderes éticos e que atuem de acordo com valores sólidos. Muito da liderança vem do liderado quer ser o líder. Projetamos nele o nosso futuro. “Quero ser como ele quando crescer“. E isso só acontece com pessoas que admiramos.

Já que dei o exemplo do Chico Buarque, divido com vocês essa foto que exemplifica muito, para mim, o que é liderança (a foto é simplesmente sensacional). A garota, com um olhar de admiração. O Chico Buarque com cara de fascínio.




Em tempo: ambas fotos foram retiras do Tumblr Samba e Amor, dedicado ao Chico Buarque (http://chicobuarque.tumblr.com). A primeira foto, infelizmente, não sei de quem é. A segunda é do JF Diorio, da Agência Estado.

TCU detecta irregularidades graves no ProJovem

Caracasss, até na mesadinhaaa, a galera mete a mão sem dó mesmooo!!!
Lamentavelmente, eu já vinha alertando sobre o repasse dessa bolsa... Muitos casos de jovens com armas na cabeça de professores foram denunciados..tudo para que as presenças fossem confirmadas nos relatórios e  sem nem pisarem nas salas de aula, esses mesmos jovens receberam a bolsa no final do mês.

É triste, mas é a verdade! Bonitas propagandas e a realidade é outra totalmente diferente!
Fico feliz pelo TCU ter tomado essa atitude! Tomara que dêem mesmo um jeito de mudar esses graves problemas...

“Criado com o objetivo de incluir jovens brasileiros no mercado de trabalho, o Programa Nacional de Inclusão de Jovens, Projovem, recebeu nesta semana um certificado negativo do Tribunal de Contas da União (TCU). De acordo com auditorias realizadas pelo tribunal, o programa apresenta falhas graves como baixa frequência de fiscalização, ausência de procedimentos padronizados e falta de planejamento das ações. Também foram constatadas irregularidades graves como o pagamento a beneficiários que não se enquadram nos critérios de seleção do programa, além de pagamentos duplicados a bolsistas.

O volume de recursos fiscalizados envolveu aproximadamente R$ 878 milhões repassados aos entes parceiros do Projovem nos exercícios de 2008 a 2009. O montante representa, no entanto, apenas um quarto dos R$ 3,5 bilhões desembolsados pelo programa nos últimos seis anos. Segundo o tribunal, as falhas mais comuns às quatro modalidades do programa (Projovem Adolescente, Projovem Campo, Projovem Urbano e Projovem Trabalhador) são a baixa frequência de fiscalização, a ausência de procedimentos padronizados, a falta de planejamento das ações e a não circulação de informação entre os órgãos centrais e os estados sobre os trabalhos realizados.

Além dessas deficiências, foram detectados outros problemas na execução local do Projovem, como instalações físicas inadequadas, ausência de distribuição de lanches, despesas não comprovadas, movimentação irregular na conta específica e ausência de ajuste de valores no repasse de recursos para entidades conveniadas ou contratadas.

A efetividade do Projovem, explica o ministro relator Augusto Sherman, depende primordialmente da comprovada frequência dos alunos às aulas presenciais. Segundo as normas, admite-se o máximo de 25% de ausência em relação à carga horária nas modalidades Urbano e Trabalhador e o máximo de 30% na modalidade Adolescente. No entanto, em visita aos municípios os auditores identificaram que a falta de informações suficientes para verificar a frequência atingiu 50% dos municípios visitados no caso da modalidade Adolescente, 25% no Projovem Urbano e 55% no Projovem Trabalhador.”

(Contas Abertas)

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Mapa da Violência Juvenil – Ceará é o 18º no ranking

“Alagoas é o estado com o maior número de homicídios de jovens entre 15 e 24 anos. De acordo com o “Mapa da Violência 2011 – Os Jovens do Brasil”, elaborado pelo Instituto Sangari e divulgado nesta quinta-feira (24) pelo Ministério da Justiça, a taxa de homicídios em Alagoas, em 2008, foi de 125,3 por cem mil habitantes.

Taxa de homicídio de jovens por cem mil habitantes em 2008

UF Taxa

Alagoas 125,3

Espírito Santo 120,0

Pernambuco 106,1

Pará 77,2

Amapá 76,9

Distrito Federal 73,3

Rio de Janeiro 72,5

Bahia 71,3

Paraná 70,7

Rondônia 57,7

Mato Grosso 55,9

Goiás 49,8

Mato Grosso do Sul 47,2

Sergipe 47,0

Paraíba 46,0

Roraima 46,0

Amazonas 45,5

Ceará 45,5

Rio Grande do Norte 41,6

Rio Grande do Sul 40,4

Maranhão 33,6

Acre 31,7

Minas Gerais 31,7

Tocantins 25,4

São Paulo 25,3

Santa Catarina 19,5

Piauí 18,1



Fonte: Mapa da Violência 2011

Há dez anos, Alagoas ocupava a 13ª colocação no ranking dos estados, com uma taxa de 30,6 homicídios por cem mil habitantes. Neste período, a taxa de homicídios no estado quadruplicou.

“Um estado como Alagoas, que há até poucos anos apresentava taxas moderadas, abaixo da média nacional, em pouco tempo passou a liderar o triste ranking da violência do país, com crescimento vertiginoso a partir de 1999″, diz trecho do estudo, que tem como fonte os dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde.

O Espírito Santo está em segundo lugar na lista dos estados com mais mortes violentas de jovens – 120 homicídios por cem mil habitantes -, seguido por Pernambuco, Pará, Amapá e Distrito Federal.

Epidemia

“Alagoas, Espírito Santo e Pernambuco, com suas taxas acima de 100 vítimas jovens a cada 100 mil jovens, ostentam marcas que não têm comparação mundial”, diz trecho do estudo. O sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz, que coordenou o estudo, explica que acima de dez homicídios por cem mil habitantes a situação é “epidêmica”.

Waiselfisz afirmou que a violência não é um fenômeno local e que se “espalhou por todo o Brasil”. Segundo ele, para diminuir a violência, o governo deve tomar medidas tais como integração das forças de segurança e combate à corrupção policial.

Nesta quinta-feira, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse, após divulgar o estudo, que o governo tomará uma série de medidas. Ele citou como exemplo reativar a campanha de desarmamento.

Waiselfisz disse que o desarmamento é importante, mas como medida isolada não é suficiente para conter a violência. O estudo coordenado pelo sociólogo mostra que o Brasil ocupa o sexto lugar no ranking de homicídios de jovens, com uma taxa de 52,9 homicídios por cem mil habitantes.

Mudanças

O estudo aponta que Paraná, Pará e Bahia, estados que em 1998 apresentavam índices relativamente baixos, passaram a ocupar lugares de maior destaque no ranking em 2008. Ao contrários destes estados, São Paulo apresentou melhora significativa.

Em 1998, São Paulo tinha uma taxa de 79,2 homicídios por cem mil habitantes, ocupando a 5ª posição do ranking. Em dez anos, a taxa caiu para 25,3, e São Paulo passou a ocupar a 25ª posição no ranking. “São Paulo está bem no contexto nacional, mas no contexto internacional a melhora apresentada ainda não é suficiente”, disse Waiselfisz.

Segundo o estudo, o Piauí é o estado com menor número de homicídios, com 18,1 casos para cada 100 mil habitantes, seguido por Santa Catarina, como 19,5 casos. De acordo com o estudo, as taxas de Piauí e Santa Catarina ainda são “muito elevadas quando transpostas para o contexto internacional”.

(Portal G1)

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Fortaleza peba!

O peba gosta tanto de buraco que escolheu ser mascote de Fortaleza...

Estudantes venezuelanos contrários ao governo Chávez fazem greve de fome

Essa juventude...
 
Um protesto contra o governo do presidente Hugo Chávez, universitários da Venezuela querem que a presidenta Dilma Rousseff intervenha para que o governo venezuelano receba uma comissão da Organização dos Estados Americanos (OEA) a fim de investigar supostas violações de direitos humanos no país. Os cinco estudantes que fazem a campanha estão acampados há quatro dias em frente à Embaixada do Brasil, em Caracas.


"Vamos estar aqui até cumprir nosso objetivo", afirmou o estudante Gabriel Bastidas, de 20 anos."Queremos fazer pressão porque sabemos a importância que o Brasil tem na região."

De acordo com organizações estudantis de oposição, 83 estudantes participam do protesto que ocorre em oito estados do país. O principal foco de concentração dos grevistas em Caracas é a sede da OEA, onde universitários afirmam estar há 21 dias sem comer, e a embaixada brasileira.

Os estudantes exigem que o governo permita a entrada no país da Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA e a libertação de 27 pessoas, consideradas prisioneiros políticos pela oposição.

O chanceler venezuelano, Nicolás Maduro, disse que os problemas do país devem ser resolvidos internamente, rejeitando a intervenção da OEA. "O governo conta com todas as ferramentas para dar respostas a essas situações com diálogo e entendimento", afirmou Maduro. "O que não se pode pretender é que se liberte pessoas que cometeram crimes", acrescentou.

Entre os grupo dos considerados presos políticos estão policiais acusados pelo Ministério Público de serem autores de assassinatos que ocorreram durante o golpe de Estado de abril de 2002. Também aparecem três deputados opositores, entre eles um que é acusado de assassinato e de manter vínculos com paramilitares.

A greve estudantil gerou novo mal-estar entre Washington e Caracas. O porta-voz do Departamento de Estado americano, Mark C. Toner, afirmou que os Estados Unidos estão preocupados com a saúde dos jovens e pediu que o governo aceite a visita da OEA. Nicolás Maduro voltou a acusar o governo norte-americano de ingerência e de pretender criar um "Egito virtual" na Venezuela.

Da Redação do O Estado Online

Por BBC Brasil

TCM aposta em sangue novo para fiscalizar prefeitos

Que venha o novooo!!!!

“O Tribunal de Contas dos Municípios vai retomar, mês que vem, o calendário de fiscalizações. Dessa vez, segundo o presidente do órgão, Manoel Veras, com um perfil completamente renovado de suas equipes de campo, com a incorporação de 60 analistas de controle externo, concursados, e que acabam de passar por período de intenso treinamento.

Três pontos caracterizam essa turma: juventude, conhecimento atualizado e vontade de mostrar serviço. Eles comporão equipes mescladas com profissionais experientes. Manoel Veras avisou: os relatórios devem ser objetivos e bem fundamentados; ter atenção na análise das informações colhidas; convivência respeitosa com as partes e interlocução com a sociedade.

Espera-se que, ao contrário de 2010, o TCM não divulgue a lista antecipada dos municípios. A surpresa, nesse caso, ajuda.”

(Coluna Vertical, do O POVO)

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Nova CPMF – Eduardo Campos diverge de Cid e Jacques

Atitude de Eduardo Campos (Presidente Nacional do PSDB, ôpa! PSB) deixa cheiro de futulogia no ar! Ele tá agindo pela  frente ou lá pra frente???



“O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), chegou há pouco em Sergipe divergindo da posição dos seus colegas Jaques Wagner, da Bahia, e Cid Gomes, do Ceará, favoráveis a volta da CPMF. Eduardo defendeu critérios para os Estados que investissem mais e melhor na área de saúde. Defendeu também a Emenda 29, que redistribui mais recursos para a saúde, e disse que no caso de Cid Gomes, que defendeu a CPMF, era uma posição isolada e não do PSB.

Eduardo fez um discurso em defesa da presidente Dilma, afirmando que os governadores têm que ser solidários aos cortes no Orçamento feitos pela presidente, porque, neste momento, onde está em risco a questão do desequilíbrio fiscal, eles são necessários. O governador definiu os cortes como duros, amargos, mas com uma enorme capacidade de curar o país para a volta do crescimento e do desenvolvimento. A única exclusão que ele fez em relação aos cortes seria em relação a obras estruturadores do Nordeste.

(Blog do Magno Martins – Estadão)

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Cid Gomes usa Jatinho de Alexandre Grendene

Parece que não tem mesmo óleo de peroba que chegue para a cara "deslavada" de políticos que usam o poder para esbanjar e se aproveitar das benesses. Absurdooo!!!



Três meses depois de reeleito em primeiro turno, o governador do Ceará Cid Gomes (PSB) tirou uma semana de férias, em janeiro desse ano, e viajou para os Estados Unidos a bordo de um jato de propriedade do empresário Alexandre Grendene, dono de uma das maiores fábricas de calçados do Brasil.

Com três unidades no Ceará — a maior delas em Sobral, base política de Cid —, a Grendene recebe incentivos fiscais do governo do estado e doou cerca de R$ 1 milhão para a campanha à reeleição do governador.

O empresário Alexandre Grendene também doou, como pessoa física, R$ 530 mil para quatro candidatos aliados do governador na campanha passada. Três deles foram eleitos para Assembleia Legislativa.

A maior doação foi para a então senadora Patrícia Saboya (PDT), ex-mulher do ex-deputado federal Ciro Gomes (PSB), que recebeu R$ 300 mil e elegeu-se deputada estadual.

O governador cearense viajou acompanhado da mulher, Maria Célia Habib Moura, de 20 a 27 de janeiro.

Isabela Martin, O Globo

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Procura-se líder de oposição


Rodrigo Constantino, O Globo

A oposição brasileira parece à deriva, sem rumo. Enquanto PT e PMDB se digladiam por cargos num lamentável espetáculo de fisiologismo, o DEM corre o risco de rachar ao meio e o PSDB não consegue se definir como alternativa ao governo. Tucanos e petistas disputam a hegemonia da social-democracia retrógrada que predomina no debate ideológico do país. Nem mesmo as bem-sucedidas privatizações o PSDB consegue defender com convicção. Falta uma oposição que tenha um verdadeiro projeto alternativo a oferecer.

O que aconteceu na Inglaterra durante os anos 80 pode jogar uma luz na escuridão em que mergulhou nossa oposição. A era Thatcher foi uma verdadeira revolução, colocando o país novamente nos trilhos do progresso sustentável. Na fase precedente, a inflação chegava a dois dígitos após o descontrole dos gastos públicos, os sindicatos concentravam poder absurdo e os monopólios estatais haviam se transformado em enormes palcos de corrupção. A decadência inglesa era evidente.

Tal era a situação quando Thatcher assumiu o governo em 1979. Apesar de ser a primeira mulher a ocupar este importante cargo, ela jamais fez disso uma bandeira política. Quando perguntavam como ela se sentia sendo a primeira mulher naquela posição, ela respondia que não tinha como saber, pois nunca experimentara a alternativa. Thatcher foi uma mulher de grande coragem e fortes convicções, determinada a mudar a agenda keynesiana que havia afundado a economia inglesa. Mas a principal lição que se pode tirar de sua trajetória é que a vitória foi plantada antes da conquista do poder.

Sem o pano de fundo criado pelo incansável trabalho de divulgação de idéias enquanto oposição, os Conservadores dificilmente teriam derrotado as poderosas forças reacionárias que lutavam para preservar os privilégios do antigo regime. Nem mesmo Thatcher seria capaz de colocar abaixo o “Estado babá” se a mentalidade dos ingleses não estivesse preparada. Quando assumiu o poder, Thatcher já tinha um projeto de reformas pronto, divulgado de forma clara e direta, em linguagem simples. Isso impediu que suas medidas fossem vistas como radicais.

Os Trabalhistas entregaram um país com altos impostos, economia centralizada, inflação galopante, indústrias nacionalizadas, subsídios crescentes, regulação asfixiante, em suma, uma nação rumo ao socialismo fracassado. Thatcher abraçou com vontade a direção oposta, do livre mercado, do empreendedorismo, da meritocracia e do império da lei. As máfias sindicais seriam alvo de duros golpes. Os desafios eram gigantescos, mas não faltava confiança a Thatcher, pois ela sabia que estava fazendo o que era certo.

Acima de tudo, Thatcher sabia que teria de vencer a batalha no campo das idéias. O esforço para disseminar seus valores foi hercúleo antes da chegada ao poder.

Até mesmo dentro de seu partido suas crenças estavam longe de ser unanimidade, e seu trabalho foi intenso para resgatar a fé dos colegas na liberdade individual. O governo não deveria mais ser visto como um “messias salvador”, dizendo a todos como agir, controlando a economia e também as vidas privadas.

Já no governo, as pequenas ações mostrariam as mudanças de postura. Thatcher pagou do próprio bolso as reformas que fez no estúdio de sua residência oficial. O exemplo vinha de cima.

A austeridade fiscal não ficaria apenas na retórica. A despeito dos imensos obstáculos, os esforços seriam redobrados quando necessário. As “soluções mágicas” são tentadoras, pois empurram os problemas para frente. Mas Thatcher estava decidida a mudar realmente os fundamentos da economia, mesmo com elevado custo político no primeiro momento.

Ela foi uma estadista, não uma populista.

Os resultados são conhecidos. Os ingleses colheram os frutos da dolorosa fase de ajustes. O encontro com a realidade permitiu reformas estruturais que devolveram a competitividade à economia inglesa. O desemprego não caiu no começo, mas em 1990, quando Thatcher deixou o governo, a Inglaterra já possuía a menor taxa da Europa. Seu sucesso, porém, foi plantado antes. Em 1975 ela se tornou líder da oposição, e ajudou a divulgar as idéias de pensadores como Hayek. Sem esta iniciativa, seu legado dificilmente seria o mesmo.

Que isso sirva de lição para nossa sonolenta oposição. Um dia os ventos externos mudam a direção, e vamos precisar de um modelo alternativo, quando as várias ineficiências da gestão petista vierem à tona. O caminho certo deve ser defendido desde já. Procura-se um líder de oposição. Que falta nos faz uma Margaret Thatcher!

Mãos à obra minha gente! Vamo que vamo 45!

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Tempo de muda

Super artigo de Fernando Henrique, onde mais uma vez expõe seu olhar sábio e experiente sobre os novos rumos da nossa atuação partidária! Vamos continuar essa grande missão com muita honra!

As coisas só mudam quando a gente muda! Nós estamos prontos para aceitar esse desafio! Venha também fazer parte da verdadeira mudança da história do nosso Brasil! É tempo de muda!




É hora de a oposição falar forte e esquecer as questões pequenas Novo ano, nova presidente, novo Congresso atuando no Brasil de sempre, com seus êxitos, suas lacunas e suas aspirações.

Tempo de muda, palavra que no dicionário se refere à troca de animais cansados por outros mais bem dispostos, ou de plantas que dos vasos em viveiro vão florescer em terra firme.

A presidente tem um estilo diferente do antecessor, não necessariamente porque tenha o propósito de contrastar, mas porque seu jeito é outro. Mais discreta, com menos loquacidade retórica. Mais afeita aos números, parece ter percebido, mesmo sem proclamar, que recebeu uma herança braba de seu patrono e de si mesma.

Nem bem assume e seus porta-vozes econômicos já têm que apelar às mágicas antigas (quanto foi malfalado o doutor Delfim que nadava de braçada nos arabescos contábeis para esconder o que todos sabiam!) porque a situação fiscal se agravou. Até os mercados, que só descobrem estas coisas quando está tudo por um fio, perceberam. Mesmo os “velhos bobos ortodoxos do FMI”, no linguajar descontraído do ministro da Fazenda, viram que algo anda mal.

Seja no reconhecimento mal disfarçado da necessidade de um ajuste fiscal, seja no alerta quanto ao cheiro de fumaça na compra a toque de caixa dos jatos franceses, seja nas tiradas sobre os até pouco tempo esquecidos “direitos humanos”, há sinais de mudança.

Os pelegos aliados do governo que enfiem a viola no saco, pois os déficits deverão falar mais alto do que as benesses que solidarizaram as centrais sindicais com o governo Lula.

Aos novos sinais se contrapõem os amores antigos: Belo Monte há de vir à luz com cesariana, esquecendo as preocupações com o meio ambiente e com o cumprimento dos requisitos legais; as alianças com os partidos da “governabilidade” continuarão a custar caro no Congresso e nos ministérios, sem falar no “segundo escalão”, cujas joias mais vistosas, como Furnas (está longe de ser a única) já são objeto de ameaças de rapto e retaliação.

Diante de tudo isso, como fica a oposição?

Digamos que ela quer ser “elevada”, sem sujar as mãos (ou a língua) nas nódoas do cotidiano nem confundir crítica ao que está errado com oposição ao país (preocupação que os petistas nunca tiveram quando na oposição). Ainda assim há muito a fazer para corresponder à fase de “muda”. A começar pela crítica à falta de estratégia para o país: que faremos para lidar com a China (reconhecendo seu papel e o muito de valioso que podemos aprender com ela)? Não basta jogar a culpa da baixa competitividade nas altas taxas de juro.

Olhando para o futuro, teremos de escolher em que produtos poderemos competir com China, Índia, asiáticos em geral, Estados Unidos, etc. Provavelmente serão os de alta tecnologia, sem esquecer que os agrícolas e minerais também re-querem tal tipo de conhecimento.

Preparamo-nos para a era da inovação? Reorientamos nosso sistema escolar nesta direção? Como investir em novas e nas antigas áreas produtivas sem poupança iterna?

No governo anterior os interesses do Brasil pareciam submergir nos limites do antigo “Terceiro Mundo”, guiados pela retórica do Sul-Sul, esquecidos de que a China é Norte e nós, mais ou menos. Definimos os Estados Unidos como “o outro lado” e percebemos agora que suas diferenças com a China são menores do que imaginávamos.

Que faremos para evitar o isolamento e assegurar o interesse nacional sem guiar-nos por ideologias arcaicas?

Há outros objetivos estratégicos. Por exemplo, no caso da energia: aproveitaremos de fato as vantagens do etanol, criaremos uma indústria alcoolquímica, usaremos a energia eólica mais intensamente? Ou, noutro plano, por que tanta pressa para capitalizar a Petrobras e endividar o Tesouro com o pré-sal em momento de agrura fiscal?

As jazidas do pré-sal são importantes, mas deveríamos ter uma estratégia mais clara sobre como e quando aproveitá-las. O regime de partilha é mesmo mais vantajoso? Nada disso está definido com clareza.

O governo anterior sonegava à população o debate sobre seu futuro. O caminho a ser seguido era definido em surdina nos gabinetes governamentais e nas grandes empresas. Depois se servia ao país o prato feito na marcha batida dos projetos-impacto tipo trem-bala, PACs diversos, usinas hidrelétricas de custo indefinido e serventia pouco demonstrada. Como nos governos autoritários do passado.

Está na hora de a oposição berrar e pedir a democratização das decisões, submetendo-as ao debate público. Não basta isso, entretanto, para a oposição atuar de modo efetivo. Há que mexer no desagradável.

Não dá para calar diante de a Caixa Econômica ter se associado a um banco já falido que agora é salvo sem transparência pelos mecanismos do Proer e assemelhados. E não foi só lá que o dinheiro do contribuinte escapou pelos ralos para subsidiar grandes empresas nacionais e estrangeiras, via BNDES.

Não será tempo de esquadrinhar a fundo a compra dos aviões? E o montante da dívida interna, que ultrapassa um trilhão e seiscentos bilhões de reais, não empana o feito da redução da dívida externa? E dá para esquecer os cartões corporativos usados pelo Alvorada, que foram tornados “de interesse da segurança nacional” até ao final do governo Lula para esconder o montante dos gastos? Não cobraremos agora a transparência? E o ritmo lento das obras de infraestrutura, prejudicadas pelo preconceito
ideológico contra a associação do público com o privado, contra a privatização necessária em casos específicos, passará como se fosse contingência natural? Ou as responsabilidades pelos atrasos nas obras viárias, de aeroportos e de usinas serão cobradas? Por que não começar com as da Copa, libertas de licitação e mesmo assim dormindo em berço esplêndido?

Há sim muita coisa para dizer nesta hora de “muda”.

Ou a oposição fala e fala forte, sem se perder em questiúnculas internas, ou tudo continuará na toada de tomar a propaganda por realização. Mesmo porque, por mais que haja nuances, o governo é um só Lula-Dilma, governo do PT ao qual se subordinam ávidos aliados.

Fernando Henrique Cardoso é sociólogo e ex-presidente da República

Programa Nacional do PSDB

Programa do PSDB abordou temas super atuais! Fernando Henrique ressaltou muito bem a importância da internet. O recado foi dado: Oposição vigilante e responsável, mas acima de tudo ousada, senão, nada!

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Mais de 85% de jovens no Brasil creem em futuro promissor, diz pesquisa

Recente pesquisa comprova o velho chavão que a juventude é o futuro do Brasil!
Só que nós, jovens de hoje, só teremos essas prováveis esperanças concretizadas lá na frente!
Como acreditar nesse tal futuro, se o crescimento do nosso Brasil não chega a 5 %? Se depender do atual Governo Federal, essa frase será mais uma utopia.
Não podemos esperar, temos que fazer do presente o melhor momento!
Torço profundamente para que tudo mude, porque se tudo continuar do jeito que tá, talvez só nossos filhos concretizem esse sonho!

Daniela Fernandes

(De Paris)

A juventude brasileira é a segunda mais otimista em relação ao seu futuro pessoal e a terceira a considerar que as perspectivas de seu país são promissoras, segundo a pesquisa “2011 - A Juventude do Mundo”, divulgado pela Fundação para a Inovação Política (Fundapol) da França na noite de terça-feira.

A pesquisa revela as aspirações, os valores e as preocupações atuais dos jovens no mundo. Ela foi realizada em 25 países em cinco continentes, com 32,7 mil pessoas.

Segundo o estudo, 87% dos jovens brasileiros consideram que seu futuro será promissor, atrás apenas dos indianos (90%).

Em relação ao futuro de seus países, o otimismo dos jovens do Brasil fica em terceiro lugar: 72% acreditam que ele também será promissor. Na Índia, o índice foi de 83% e, na China, de 82%.

No entanto, apenas 17% dos jovens gregos, 23% dos mexicanos, 25% dos alemães e 37% dos americanos consideram que o futuro de seus países será promissor.

Os jovens das grandes potências emergentes também são os que mais têm confiança de que terão um bom emprego no futuro. No Brasil, esse índice é de 78%. No Japão, somente 32% acham que isso irá ocorrer.

A juventude da Índia, da China e do Brasil também é a que mais vê a globalização como uma oportunidade e não como uma ameaça. Os números são, respectivamente, 91%, 87% e 81%.

“De uma maneira geral, se considerarmos outros itens da pesquisa, podemos considerar que a juventude brasileira é de longe a campeã de otimismo”, disse à BBC Brasil Dominique Reynié, coordenador-geral do estudo e diretor do centro de estudos francês Fondapol.

Poluição

O vasto estudo, que totaliza mais de 26 mil páginas, abordou 224 temas variados, que vão desde questões econômicas, como emprego e aposentadoria, à confiança nas instituições políticas ou na polícia, além de assuntos ligados à religião, família, sexo, ecologia e internet, entre outros.

Alguns elementos dessa ampla pesquisa, que ainda está sendo compilada em um livro de cerca de 500 páginas, foram divulgados em um evento na noite de terça-feira em Paris.

Segundo a pesquisa, os jovens chineses são os mais preocupados com a poluição (51%). Em uma questão sobre as três maiores ameaças para a sociedade, a poluição, para os chineses, representa um problema maior do que a fome ou a pobreza (43%).

Já no Brasil, 61% afirmam que temem mais a fome ou a pobreza do que a poluição (45%), como na maioria dos países que integram o estudo.

A juventude brasileira é a quarta que se diz mais disposta a dedicar tempo à religião (58%), atrás do Marrocos (90%), da África do Sul (72%) e da Turquia (64%) e à frente de Israel (52%). Já na França e na Espanha, esse índice é de apenas 15%.

Mais de um terço dos jovens brasileiros acha que as relações sexuais só devem ser permitidas no casamento, segundo a pesquisa. A média da União Europeia é de 20%.

Em relação às prioridades para os próximos 15 anos (o questionário permitia escolher três em uma lista de dez), 60% dos jovens indianos afirmam que querem ganhar muito dinheiro.

Mas apenas 24% responderam que ter filhos é um dos projetos importantes nesse período.

No Brasil, ganhar muito dinheiro também é uma prioridade para 47% dos jovens (média semelhante à da União Europeia).

E 39% afirmam que ter filhos é um dos três projetos prioritários nos próximos 15 anos, diz o estudo.

A pesquisa descobriu ainda que 39% dos jovens brasileiros dizem não estar dispostos a pagar pelas aposentadorias das gerações anteriores, somente 27% dizem confiar no Congresso e 62% preferem uma sociedade com distribuição de riquezas a uma sociedade que recompensa o esforço individual – índice próximo aos dos países escandinavos ou da França e bem acima dos outros grandes países emergentes.

Fonte:  BBC Brasil

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Bancada do PSDB defenderá reformas e salário mínimo de R$ 600, destaca Duarte Nogueira

O partido que terá a maior bancada de oposição ao governo federal no Congresso reassume seu compromisso com as reformas primordiais para o país, como a tributária e a política, na retomada das atividades legislativas nesta terça-feira (1º). O PSDB também se unirá em defesa dos temas propostos pela legenda durante a campanha eleitoral, a exemplo do salário mínimo de R$ 600. É o que afirmou o novo líder tucano na Câmara, deputado Duarte Nogueira (SP), em entrevista exclusiva ao Diário Tucano/ Rádio PSDB. “Vamos desde já provocar o governo para quebrar essa letargia e morosidade em relação ao empenho com as reformas”, destacou nesta segunda-feira.

A bancada que passa a ser comandada por Duarte será formada por 53 deputados eleitos em outubro e atuará em harmonia, segundo o novo líder aclamado semana passada. Em relação à gestão de Dilma Rousseff, o tucano promete uma oposição firme e construtiva, que possibilite o contraponto ao governo, as críticas aos erros e a indicação dos melhores caminhos para o país.

Pelo critério da proporcionalidade partidária, o PSDB terá direito a terceira escolha entre os cargos da Mesa Diretora da Casa, logo após PT e PMDB, únicos partidos com bancadas maiores. Em respeito a este princípio, Duarte já confirmou o apoio do partido ao candidato do PT, Marco Maia (RS), à Presidência da Câmara. Em reunião no último dia 26, a bancada escolheu o deputado Eduardo Gomes (TO) como representante do partido na Mesa, que será eleita nesta terça-feira após a posse dos 513 deputados. O PSDB deve ficar com a 1ª Secretaria ou com a 1ª vice-presidência.

FONTE: Blog das Bancadas