quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Modelo idealizado por Dilma para o setor elétrico provoca prejuízo ao país

2013 já começou brilhando menos para o PT
 
 
Brasília - Nos últimos dez anos, Dilma Rousseff foi uma das vozes mais influentes do governo no que diz respeito às ações envolvendo o setor elétrico. Antes de assumir a Presidência da República a petista comandou o Ministério de Minas e Energia e a Casa Civil. Agora os caminhos equivocados defendidos por ela estão custando caro ao país, como destaca nesta quarta-feira (9) o deputado federal Domingos Sávio (PSDB-MG).
O uso das usinas térmicas para poupar os reservatórios das hidrelétricas já custou R$ 1 bilhão ao sistema e a conta pode superar R$ 1,6 bilhão em janeiro, segundo o Operador Nacional do Sistema (ONS). O montante deve ser bancado por todos os consumidores e será sentido ao longo do ano, conforme forem sendo feitos os reajustes anuais de tarifa. A decisão de priorizar as térmicas foi tomada pela gestão petista.
Segundo a Associação Brasileira das Distribuidoras de Energia Elétrica (Abradee), cada mês de térmicas em funcionamento significa um ponto percentual de aumento na conta de luz. Dessa forma, a redução nas tarifas divulgada amplamente por Dilma no último trimestre de 2012 já estaria comprometida em quatro pontos, visto que as térmicas estão ligadas desde outubro. Ao priorizá-las, Dilma optou por um tipo de energia não renovável e que além de gerar custos mais elevados pode provocar falta de gás natural para a indústria, pois o combustível é usado nas térmicas.
“O governo se mostra incoerente, pois quer pregar o barateamento sem fazer os investimentos necessários e o pior: passando a fazer uso de uma energia mais cara – a de termelétrica- que também polui mais. A curto e médio prazos o consumidor vai pagar por essa incompetência do governo do PT”, critica Domingos Sávio.
O tucano lembra que no período em que o Brasil passou por racionamento de energia, durante o governo Fernando Henrique, o PT fez duras críticas mesmo diante das ações tomadas para reverter a situação. Mas teve uma década para modernizar e ampliar o sistema, mas pouco fez. “O Brasil está assistindo mais uma vez a demonstração clara de que o governo do PT não mantém coerência entre o discurso e a prática”, avaliou. Para ele, o país está diante da “iminência de uma crise no setor elétrico”.
De acordo com o deputado, fontes de energia limpas e mais baratas deveriam ter sido priorizadas. “Se houvesse investimentos mais sérios em hidrelétricas e em energia eólica teríamos uma situação muito mais tranquila agora”, pontuou. Ao optar por outros caminhos, o tucano acredita que o governo petista comprometeu o desenvolvimento do país.
Ao jornal “O Globo”, o professor titular do Instituto de Eletrotécnica e Energia da USP e ex-diretor de Gás e Energia da Petrobras, Ildo Sauer, afirmou que os erros do governo petista viraram custos. O valor superior a R$ 1 bilhão gerado pelas térmicas é, segundo ele, culpa de um sistema que funciona mal, instituído pela ex-ministra e atual presidente. Para ele o governo errou ao dar prioridade às termelétricas nos leilões de energia dos últimos anos, o que segurou o avanço da geração hidrelétrica e eólica, mais baratas.
O especialista acredita que a situação atual de escassez de água nos reservatórios, e consequente necessidade de utilização das térmicas, reflete as falhas de planejamento. Um exemplo dessa deficiência são os 600 MW de usinas eólicas que estão prontos, mas não entraram em operação por falta de um sistema de transmissão. É o que ocorre em Caetité, na Bahia, onde torres com turbinas eólicas de R$ 1,2 bi estão paradas.
“Colocado à prova, o governo do PT tem sido reprovado por pura incompetência. A presidente acaba por demonstrar que sua imagem de competente e boa gerente deixa a desejar quando se observa suas práticas”, destacou o parlamentar mineiro.

Do Portal do PSDB na Câmara

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