Por Aline Pedrosa - Da Redação em: Candidatos
18:32
Nilo Sérgio, Marcos Cals, Chagas Vieira, Pedro Fiúza e Moema Soares (Foto: Aline Pedrosa)
O candidato ao governo do Estado pelo PSDB, Marcos Cals e seu vice Pedro Fiúza visitaram o Sistema Jangadeiro de Televisão na tarde desta terça-feira (13). Marcos Cals ressaltou a grande receptividade que vem recebendo dos cearenses. A figura do candidato a reeleição ao Senado, Tasso Jereissati segundo ele, é um grande reforço. “Tasso está para o Ceará assim como o Lula está para o Brasil”, disse o postulante ao governo que acredita que essas eleições irão para o segundo turno. “A eleição é dura, mas é para valer”, afirmou.
A insegurança foi um dos pontos mais criticados pelo candidato. “Apesar do grande investimento, cerca de R$ 900 milhões, não temos resultados e os números de homicídios continuam crescendo. É muito dinheiro para as coisas continuarem não acontecendo”. Para o tucano, falta ao atual governo “humildade para reconhecer que erraram”, alfinetou.
“O Ceará não pode se curvar ao crime organizado. Tem que partir pra cima, senão vamos virar uma terra sem lei”, disse Cals ao defender uma “reação” imediata com a integração das polícias.
Falta estrutura
Cals citou seu pai que foi ex-governador do Ceará, César Cals como um homem que deu uma estrutura para a polícia. “Hoje a corporação não está satisfeita. O Ronda do Quarteirão não pode ser considerado a segurança toda do Estado mas, um departamento”, completou. O tucano relatou que no município de Cedro, por exemplo, existe delegado mas, não delegacia e em Saboeiro existe o local de trabalho mas, não o profissional. “O que há é uma falta de planejamento e organização. Não está havendo um entrosamento, apesar da boa vontade do secretário. Não sei se o comandante da Polícia Militar escuta as informações de Roberto Monteiro”, criticou ao comentar a falta de comunicação entre o secretário de Segurança Pública e seus comandados. Cals disparou: “tá tudo no improviso”.
O candidato pelo PSDB afirmou ainda que há um “muro invisível” entre o atual governo e o povo. Ele, que foi secretário de Justiça de Cid Gomes, disse ter assumido a pasta por uma missão partidária. “Se o PSDB não estivesse satisfeito seria o primeiro a sair. Nunca fui responsável pelo governo, mas sim pelo setor”, disse.
O ex-secretário ainda rebateu as declarações de Cid que, durante entrevista à imprensa, “cobrou” dos adversários um melhor nível para o debate. “Ele se referiu a minha crítica a CPRV, mas falei o que escuto do povo”, afirmou. Ainda segundo Cals, os policiais estão abordando o trabalhador “do mesmo jeito que abordam um bandido. Com truculência e desrespeito”.
Combate a drogas
“Qual foi a ação de combate ao crack aqui no Ceará?”, foi com esse questionamento que Marcos Cals apresentou proposta para a área. Segundo ele há um programa de recuperação e ressocialização dos dependentes químicos, “já testado” pelo governo de São Paulo na gestão do hoje candidato à Presidência do PSDB, José Serra, que vai servir de base para o trabalho que, se eleito, pretende implementar no Ceará. A proposta, segundo Cals, é construir Centros especializados no tratamento de usuários de drogas e depois entregar a administração à entidades religiosas “que serão subsidiadas pelo Governo”.
Valorização do Servidor
Marcos Cals disse que não se pode administrar sem a “adesão” dos servidores públicos e que o diálogo com todos os atores envolvidos no processo deve ser constante, o que segundo avalia, não vem acontecendo. “Não é fazer de conta, é ouvir mesmo. Se você não tiver a adesão dos servidores o serviço público, aquele que beneficia a população não sai direito”, defendeu.
O candidato completou lembrando a dificuldade, segundo ele, imposta a prefeitos do interior para conseguir uma audiência com o atual governador. “Vejam com os prefeitos, façam uma sondagem. Quem teve audiência no gabinete diretamente com o governador antes de anunciar a minha candidatura? Perguntem e vocês vão ver o que estou falando.”
Educação
Ao final da conversa o tucano afirmou que o governo está comemorando “números que são das prefeituras”, se referindo ao ensino fundamental. “O ensino médio não está bom”, disparou.
Com colaboração da repórter Kézya Diniz
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